A lava do vulcão de Chã das Caldeiras
abrandou o ritmo durante a madrugada de hoje, movendo-se a menos de um metro
por hora, disse à agência Lusa uma responsável do Observatório Vulcanológico de
Cabo Verde (OVCV.
Segundo Sónia Silva Vitória, presidente da comissão técnica e científica do observatório, o vulcão na ilha do Fogo continua com três focos activos e a lava continua a ser libertada e a fluir, mas mais lentamente, a menos de um metro por hora", tendo de se ter sempre em conta o fator da imprevisibilidade.
Segundo Sónia Silva Vitória, presidente da comissão técnica e científica do observatório, o vulcão na ilha do Fogo continua com três focos activos e a lava continua a ser libertada e a fluir, mas mais lentamente, a menos de um metro por hora", tendo de se ter sempre em conta o fator da imprevisibilidade.
A calma mantém-se desde o início da
madrugada de hoje, acabando por permitir "descansar um pouco" o
contingente de segurança que pernoita em Portela, a maior povoação de Chã das
Caldeiras, o planalto que serve de base aos vários cones vulcânicos.
"Foi uma noite tranquila, porque a
lava está estável, está tudo muito calmo", disse à Lusa, por telefone, o
coordenador das operações do Serviço de Protecção Civil (SNPC) de Cabo Verde,
Nuno Oliveira.
Em Portela encontra-se apenas o
contingente de segurança, composto por elementos da polícia nacional, das
Forças Armadas, da Protecção Civil e voluntários da Cruz Vermelha, que estão
também a apoiar os trabalhadores da Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras que
continuam a retirar parte dos mais de 200 mil litros de vinho com a ajuda de
uma motobomba.
Até ao momento, as lavas já consumiram
cerca de metade de Portela, soterrando quase meia centena de habitações, a sede
do Parque Natural do Fogo, uma escola, bem como cisternas, currais, casas de
apoio à agricultura e uma extensa área de agricultura e pastorício.
Não há, no entanto, qualquer vítima a
registar.
As várias erupções vulcânicas, porém,
continuam com picos de atividades, o que tem libertado um "rio de
lava" que se aproxima da colina que dá acesso à povoação de Bangaeira,
situada junto a Portela e no início do declive da montanha do Fogo, entretanto
também já evacuada.
Várias fontes das autoridades políticas e
da segurança admitiram que, se a progressão da lava aumentar, Bangaeira será a
povoação seguinte a ser alcançada e, como se situa na descida da encosta, o
magma poderá ganhar velocidade e, a caminho do mar, terá de passar
inevitavelmente por outra localidade, Relva, podendo atingir também a segunda
maior cidade da ilha, Mosteiros, sede do concelho homónimo.
Fonte: Sapo notícias, 03 de Dezembro 2014
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